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OS PRIMEIROS AGRUPAMENTOS SOCIAS
OS PRIMEIROS AGRUPAMENTOS SOCIAS

Os primeiros agrupamentos sociais.

Desde 1 milhão até 10 mil anos atrás, os grupos hominídeas foram basicamente compostos por caçadores, pescadores e coletores.

O que exigiu uma organização social para coordenar os esforços de caça, com uma divisão de tarefas pelo sexo e idade.

 


As mulheres coletavam frutas e raízes, cuidando dos filhos, amamentando a criança até que desse a luz ao próximo rebento, em um espaço estimado em quatro anos, tratando também do preparo dos alimentos.



Os homens caçavam e pescavam, perseguindo animais em grupo, preparando artefatos para facilitar a caça, como lanças e machados de pedra.

Aos caçadores cabia a distribuição da carne, feita através de longos rituais, influenciada pelo grau de parentesco, alianças e devolução de favores.

O caçador mais forte liderava o grupo, enquanto os mais velhos formavam um conselho também destinado a ensinar os mais jovens, ou eram deixados para morrer quando representava um fardo para o grupo, isto porque os homens eram nômades, migrando atrás da caça e pesca.

Estes primeiros grupos sociais, segundo vestígios arqueológicos, não eram superiores a trinta indivíduos, fixando-se provisoriamente em cavernas ou habitações construídas com material local.

Sempre próximos a fontes de água doce, tal como rios, ou então em locais elevados para facilitar a visualização de predadores e grupos rivais.

Viveram na época que chamamos de pré-história, o período anterior a invenção da escrita, entre 4 e 3 mil anos antes de Cristo.

Isto porque é um período considerado anterior a história propriamente dita, já que não existem relatos escritos sobre a vida destes grupos, somente vestígios arqueológicos que permitem a penas suposições.

Dentro da pré-história, o espaço de tempo que vai da origem do homem até 12 mil anos é chamado de Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada.

O inicio da sedentarização da humanidade e a invenção da agricultura é chamado de 
Mesolítico ou Nova Idade da Pedra, a Idade Média da pré-história.

Um período de transição com novas técnicas e instrumentos surgindo, convivendo com e velhos hábitos e práticas, delimitado entre 12 até 10 mil anos, embora alguns autores delimitem seu fim nos 6 mil anos.

 


Entre 10 e 4 ou 3 mil anos, acorreu a Revolução Neolítica (Período Neolítico), quando o homem se tornou sedentário, fixando-se em aldeias próximas a fontes de água e terras férteis.


Iniciou-se então a domesticação de plantas e animais, com a agricultura e o pastoreio.


As primeiras espécies vegetais domesticadas foram grãos, cereais e raízes; tal como milho, trigo, cevada, arroz e batata-doce.

Ao passo que os primeiros animais domesticados foram cães, cabras, bois, camelos e dromedários.

Em pouco tempo, o homem aprimorou técnicas de construção de moradias, criando peças de cerâmicas para armazenar alimentos e servir como decoração.

Simultaneamente, começou a aperfeiçoar instrumentos agrícolas, o que gerou excedente e possibilitou o inicio do comércio, forçando o aparecimento de novas tecnologias para o transporte das mercadorias.

Foi dentro deste contexto que a roda foi inventada há cerca de 5 mil anos, apesar de no inicio sua utilização se restringir para fazer cerâmica, portanto usada na horizontal.

De qualquer forma, durante o Neolítico, também chamado Idade da Pedra Polida, a sedentarização trouxe mudanças significativas na organização social, cultura e religião.

Os agrupamentos humanos se tornaram mais numerosos, comportando uma explosão demográfica que originou as primeiras cidades e, posteriormente, as primeiras civilizações.

Este aumento das populações humanas criou rivalidade entre grupos humanos, fazendo nascer a figura do guerreiro e organizações militares para proteger ou tomar recursos e terras.

Neste sentido, a divisão de tarefas continuou obedecendo uma dinâmica conforme sexo e idade.

Onde aos homens cabia preparar a terra para o cultivo e ará-la, cuidando também da caça e pesca, servindo como guerreiros.

As mulheres, além das tarefas domésticas e do cuidar dos filhos, passou a caber a rotina da lavoura e a colheita.

Aos mais jovens, principalmente do gênero masculino, era atribuída a tarefa de pastoreio de animais de pequeno porte.

Os mais velhos deixaram de ser abandonados para morrer, passaram a gozar de maior prestigio, compondo conselhos que decidiam os destinos do grupo e guardando e preservando a memória oral.

 

No aspecto cultural e religioso, mitologias nasceram para tentar explicar os fenômenos da natureza e padronizar comportamentos, quando apareceram, primeiro, o culto dos antepassados e, depois, a figura dos deuses.

As mulheres passaram a ser vistas como seres sagrados, detentoras do dom da vida.

Para cultuar e simbolizar a religião e a política, começaram a ser esculpidas estatuas, inicialmente, ligadas ao culto da fertilidade.

Igualmente, foi aperfeiçoado o culto funerário e a preservação da memória dos antepassados, algo vinculado com o surgimento do sentimento de família.